terça-feira, 24 de agosto de 2010

É tudo intriga da oposição...

Garotinho é condenado em primeira instância por formação de quadrilha.



Não é de hoje que pairam sobre o ex-governador Anthony Garotinho denúncias envolvendo sua participação em um esquema de caça-níqueis, assim como não é de hoje que ele se defende alegando ser uma "perseguição política". Mas parece que dessa vez a justiça não 'engoliu' essa explicação...


Garotinho foi condenado a dois anos e meio de reclusão por formação de quadrilha. Além dele, também foi condenado o ex-chefe da polícia civil Álvaro Lins, a 28 anos de reclusão, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O caso vinha sendo investigado pela operação da Polícia Federal denominada como "Operação Gladiador".

Apesar de ter sido condenado a pena de reclusão (aquela em que o réu pode cumprir incialmente a pena em regime fechado até que ocorra uma progressão de regime, ou seja, até que ele passe do regime fechado para o semi-aberto e depois para o aberto), sua pena foi revertida em serviços comunitários (que, a meu ver, não vai ter o menor impacto na vida dele, verdade seja dita) e a proibição de exercer cargos públicos (coisa que ele deveria fazer mesmo se não fosse condenado), provavelmente pela natureza do crime cometido e o tempo de condenação.

Isso me faz pensar na propaganda que o Ministério Público Federal (MPF) divulgou tanto cerca de 1 ou 2 meses atrás: "não é punir menos, é punir melhor". Será mesmo que essa é a melhor punição para essa pessoa? Sem querer discordar do juiz que determinou a sentença, esse tipo de situação me faz refletir muito sobre o "punir melhor" dessa nova política de aplicação de pena.

Em seu blog oficial, o qual eu fiz questão de visitar (http://www.blogdogarotinho.com.br), Garotinho diz que essa foi mais uma perseguição que sofreu ao longo de sua vida política, que foi muito estranho a sentença ser anunciada justamente no período eleitoral (eu não consigo imaginar hora mais oportuna!), que irá recorrer da sentença (que novidade...) e que não é homem de se abater. Como diz o senso comum, vaso ruim não quebra fácil.

A melhor parte, ou pelo menos a mais ilária, é a alusão que o ex-governador faz ao ex-presidente Getúlio Vargas. Hoje completam 56 anos da morte de Getúlio, e, não sei como, Garotinho conseguiu encontrar um link entre esse episódio e a divulgação de sua sentença. Com direito a publicação na íntegra da carta testamento de Getúlio Vargas, ele afirma que o primeiro parágrafo da carta, o qual Getúlio diz que "Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam" também se aplica a ele. Ao longo do texto também são citados João Goulart e Leonel Brizola.

Getúlio Vargas deixou a vida para entrar na história. Eu espero que Garotinho deixe a política para entrar no esquecimento. 


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